sábado, 4 de abril de 2009

cálime


Quero beber néctar de in-depender-se.
Quero olhar em todo-olho, toda-face e des-conhecer a belez-ser.
Quero sentir a-manhã renascer pássaro eu-nós.
Abraçar fundo, peixe-musgo, sem começo-fim; mergulhar no vazio-o-outro, e arder vão.
Se pensar que pesa a falta, lembrar que talvez pese mais presença.
Toda lembrança se esvai; day-by-day. Way.
Aprender a solidão das páginas -- não-espero a tinta! (gritanto esta fala)
Estar só, além. Viver junto, além. Estar vazio, repleto-além.
Des-re-conhecer nas palavras os ditongos sem ton-s; sem ar que adentre.
Quero a natureza em dilúvio.
Receber a maçã, o ouro. Nada são.
Vou sair por aí; já me vê? Nenhuma convicção-de-palavra basta .
Não ser palavra.
.
.

3 comentários:

  1. ávida por novos passos
    a cidade passava passantes
    na paisagem de quem quer que seja
    só você dentro de mim
    anda por aí
    a tocar minha mão
    com sua pele
    nova.

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  2. Poético demais seu blog! Adorei Clarice, Guimarães, Clarice, Guimarães.

    Prazer!

    Beijocas poéticas!
    ahoo!

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  3. Sim, estão claras as linhas "manoelistas" no que escreve. Enfim, vou adicioná-lo aos meus favoritos.

    Cherim

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